Como sei que poucas são as notícias que recebemos do continente africano, permitam-me falar de uma notícia publicada pelo jornalista Fábio Zanini em seu blog Pé na África. Particularmente eu gosto muito desse blog. Acho que fato do Fábio ter um mestrado em Relações Internacionais ajuda muito.
No seu artigo de hoje, ele fala da questão dos Gays na África e como isso contribui para a disseminação transloucada do HIV no continente. Infelizmente, na maioria dos países africanos, os governos mostram-se ignorantes com relação ao tema de saúde pública. Em muitas cidades, não existem hospitais e a única alternativa é o curandeiro local. Este, ajuda a perpetuar costumes bárbaros para a cura dos problemas de saúde. A do HIV, por exemplo, é bem “simples”: basta ter relação sexual com uma virgem e tudo se resolve. A doença sai do seu corpo e vai para o dela. Esse comportamento ajuda a incrementar uma triste estatística: Um em cada quatro homens já estuprou só na África do Sul e cerca de 10% deles admitiram ter feito com menores de idade.
Não basta dizer que essa situação é um reflexo da falta de informação e educação. É muito mais que isso. É uma questão política. Um antigo presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, chegou a declarar que a Aids não existia. Que era uma invenção dos homens brancos. Ele simplesmente conseguiu arruinar todo um trabalho de formiguinha que ONGs e países, através da cooperação internacional, vinham fazendo.
Mas ter uma política engajada, instrução e informação não garantem controle na disseminação da doença ou o combate ao preconceito. Aqui mesmo no Brasil, temos uma geração de jovens que cresceram ouvindo falar de uma doença chamada HIV, mas nunca viram ninguém morrer disso. Quando têm a oportunidade de conhecer um portador, muitas vezes enxergam uma pessoa aparentemente saudável e forte. Nas décadas de 80 e 90, quando o coquetel de anti-retrovirais não era muito eficiente, os portadores podiam ser “facilmente” identificados pelas manchas no corpo. Hoje, é difícil presenciar uma cena dessas. Não se veem muitos Cazuzas e Freddies Mercurys por aí. Artistas que seguiram com o curso normal da sua vida, enquanto combatiam a doença, tornando público um assunto que muitos escondiam. Hoje os remédios prolongam a vida e atenuam os efeitos colaterais. Graças à medicina uma pessoa soropositiva pode levar uma vida normal, plenamente integrada à sociedade. Infelizmente, o lado negativo desse avanço é que muitos jovens não veem o sentido em se precaver de uma doença que “já não mata”. De acordo com eles, o “máximo” que pode acontecer é ter que tomar pílulas durante toda a vida. Assim precauções como uso de preservativo são descartados e contribuem para o aumento absurdo da taxa de contaminação entre jovens em nosso país. Uma triste realidade, constatada cada vez mais em nossos hospitais.
No seu artigo de hoje, ele fala da questão dos Gays na África e como isso contribui para a disseminação transloucada do HIV no continente. Infelizmente, na maioria dos países africanos, os governos mostram-se ignorantes com relação ao tema de saúde pública. Em muitas cidades, não existem hospitais e a única alternativa é o curandeiro local. Este, ajuda a perpetuar costumes bárbaros para a cura dos problemas de saúde. A do HIV, por exemplo, é bem “simples”: basta ter relação sexual com uma virgem e tudo se resolve. A doença sai do seu corpo e vai para o dela. Esse comportamento ajuda a incrementar uma triste estatística: Um em cada quatro homens já estuprou só na África do Sul e cerca de 10% deles admitiram ter feito com menores de idade.
Não basta dizer que essa situação é um reflexo da falta de informação e educação. É muito mais que isso. É uma questão política. Um antigo presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, chegou a declarar que a Aids não existia. Que era uma invenção dos homens brancos. Ele simplesmente conseguiu arruinar todo um trabalho de formiguinha que ONGs e países, através da cooperação internacional, vinham fazendo.
Mas ter uma política engajada, instrução e informação não garantem controle na disseminação da doença ou o combate ao preconceito. Aqui mesmo no Brasil, temos uma geração de jovens que cresceram ouvindo falar de uma doença chamada HIV, mas nunca viram ninguém morrer disso. Quando têm a oportunidade de conhecer um portador, muitas vezes enxergam uma pessoa aparentemente saudável e forte. Nas décadas de 80 e 90, quando o coquetel de anti-retrovirais não era muito eficiente, os portadores podiam ser “facilmente” identificados pelas manchas no corpo. Hoje, é difícil presenciar uma cena dessas. Não se veem muitos Cazuzas e Freddies Mercurys por aí. Artistas que seguiram com o curso normal da sua vida, enquanto combatiam a doença, tornando público um assunto que muitos escondiam. Hoje os remédios prolongam a vida e atenuam os efeitos colaterais. Graças à medicina uma pessoa soropositiva pode levar uma vida normal, plenamente integrada à sociedade. Infelizmente, o lado negativo desse avanço é que muitos jovens não veem o sentido em se precaver de uma doença que “já não mata”. De acordo com eles, o “máximo” que pode acontecer é ter que tomar pílulas durante toda a vida. Assim precauções como uso de preservativo são descartados e contribuem para o aumento absurdo da taxa de contaminação entre jovens em nosso país. Uma triste realidade, constatada cada vez mais em nossos hospitais.