A pior parte de ser mãe, é saber que você vai errar.
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Porque existe um abismo muito grande entre ser aquela mãe que vc idealizou e quem vc se tornou.
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E nos dias de hoje, tudo fica mais complicado. Amplificado. Tem fórmula para tudo. Basta navegar. Como educar com respeito. Como dar afeto. Como ser legal. E se não tomar cuidado, começa a pensar que faz tudo errado. Enquanto deslizo a tela vacilo por um segundo, mas logo sigo meu rumo. O problema não são os outros, mas eu, q no meu desespero, acredito q com um clique tudo tem jeito.
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O tempo passa rápido enquanto você olha para fora, atrás de dicas e conforto. Tipo pague e leve. Resultado garantido na hora, prometem. Mas não é bem assim. Pq não adianta fugir de si.
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A maternidade não é tão difícil quanto dizem, mas tb não é tão fácil. Cada filho vem de uma forma diferente, exigindo mais da gente. As vezes coisas q nem a gente tem.
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Nos obriga a enfrentar nossos medos, a buscar a nós mesmos. Não é a toa q quando o filho nasce a gente se perde. Esquecemos quem somos, quem éramos, para onde vamos. Dizem q são os hormônios, q embaralham a nossa mente. Mas eu acho que é mais do que isso. Quem sabe o instinto? Meio primitivo, que nos obriga a parar e olhar bem no fundo, para aquilo que não pode ficar no escuro?
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A maternidade é benevolente, não tenho duvida. Porque toda criança é generosa, carinhosa. Cega aos nossos erros e tropeços nos enche de beijos. Porque a natureza é sábia e entende que nasceu mais do que um. Parimos a criança, mas ela pariu a gente. E seguimos juntas tateando, caminhando, experimentando. Como o curso de um rio, sem saber aonde ele vai dar. As vezes batendo na margem, sem encontrar passagem. Mas ainda assim seguindo em frente, acreditando que a vida irá guiar.
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Está tudo bem errar. E recomeçar, até acertar. Entender onde é necessário melhorar. Pedir ajuda e ajudar.
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Por isso perdoe. Se ame. Pare tudo o que estiver fazendo, olhe para o seu filho e se pergunte: Tem alguma coisa mais importante?
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